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UFPA celebra Jubileu de Ouro da Turma de Medicina de 1975: memória, legado e reflexões sobre a formação médica

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A Universidade Federal do Pará (UFPA) celebrou, na manhã do dia 4 de dezembro de 2025, um dos momentos mais marcantes de sua história recente: o Jubileu de Ouro da Turma de Medicina de 1975, evento que reuniu ex-alunos, docentes, familiares e representantes da instituição no Salão Nobre do Instituto de Ciências Médicas (ICM).


Em meio a reencontros emocionados, o ambiente revivia cinco décadas de trajetórias profissionais que ajudaram a moldar a medicina no Pará e no Brasil.


Composta por 292 formandos, a maior turma já diplomada pela Faculdade de Medicina, a geração de 1975 retorna agora como protagonista de uma celebração que homenageia não apenas indivíduos, mas um ciclo inteiro da história da saúde pública no Estado.


O cardiologista, ex-professor da UEPA e ex-presidente da AMP Dr. Alberto Gomes Ferreira Júnior, orador da turma, destacou a importância do momento e lembrou colegas de grande impacto na medicina paraense, como Arnaldo Lobo Neto, Luiz Cláudio Lopes Chaves, Rui Rodrigues e o saudoso virologista Alexandre da Costa Linhares, referência mundial pelo seu trabalho no Instituto Evandro Chagas.



A cerimônia também foi espaço para reflexões profundas sobre a formação médica no país. Ferreira Júnior chamou atenção para a necessidade de rigor e responsabilidade no ensino, em um cenário marcado pela abertura indiscriminada de faculdades. “Precisamos formar bons médicos.


Quando se forma muitos, sem prezar pela qualidade, corre-se riscos graves. Um erro na medicina pode custar uma vida”, alertou.


Ele reforçou ainda o compromisso ético que deve dirigir tanto o exercício assistencial quanto o papel de quem ensina futuras gerações. “O paciente é sempre o objetivo número um.”




O patrimônio histórico do ICM/UFPA


O diretor-geral do ICM, Prof. Dr. Silvestre Savino Neto, destacou que o Jubileu de Ouro vai além de uma comemoração.


Representa o reconhecimento de um patrimônio humano acumulado ao longo dos 106 anos de existência da Faculdade de Medicina, que já formou quase 20 mil médicos.


Dr. João de Deus recebe o diploma comemorativo do Jubileu de Ouro das mãos de Silvestre Savino Neto, diretor-geral do ICM/UFPA. Foto: Emerson Coe/DOL
Dr. João de Deus recebe o diploma comemorativo do Jubileu de Ouro das mãos de Silvestre Savino Neto, diretor-geral do ICM/UFPA. Foto: Emerson Coe/DOL

Segundo Silvestre, o reencontro também reafirma o vínculo permanente entre a instituição e seus egressos. “O fato de ter estudado aqui não deixa de fazer de você parte desta casa”, afirmou.


Ele lembrou ainda as transformações profundas que a medicina viveu nas últimas cinco décadas, desde o ensino em anfiteatros até a chegada da telemedicina, das terapias avançadas e da revolução tecnológica aplicada aos diagnósticos.



Emoção, amizade e memória: o reencontro de uma geração


Os corredores do prédio histórico foram tomados por abraços demorados e conversas que pareciam continuar de onde haviam parado 50 anos atrás.


Para o médico João de Deus, recém-aposentado do Hospital Ophir Loyola, a palavra que resumiu o encontro foi emoção. “São 50 anos de luta pela saúde. Muitas vidas foram salvas por essa turma”, disse, lembrando que, embora fossem quase 300 formandos, apenas 76 colegas puderam estar presentes.


A anestesiologista e professora da UEPA, Dra. Maria Eda Gil Alves Valle, reforçou o espírito de união que sempre marcou o grupo. “Somos a grande turma da amizade”, afirmou.


Segundo ela, desde a formatura, o grupo celebra seu reencontro a cada cinco anos — uma tradição que chega revitalizada ao Jubileu.


As mulheres da turma de 1975


Outro destaque recordado pela Dra. Eda foi a presença feminina naquela formação. Em um período em que a medicina ainda era majoritariamente masculina, pelo menos 60 mulheres integraram a turma — um marco importante no avanço da participação feminina na área.


Dr. Alberto Ferreira Júnior, Dra. Maria Eda e o diretor-geral do ICM, Silvestre Savino Neto, durante a celebração do Jubileu de Ouro da Medicina 1975. |Foto: Emerson Coe/DOL
Dr. Alberto Ferreira Júnior, Dra. Maria Eda e o diretor-geral do ICM, Silvestre Savino Neto, durante a celebração do Jubileu de Ouro da Medicina 1975. |Foto: Emerson Coe/DOL

A AMP celebra este legado


A Academia de Medicina do Pará (AMP) ressalta a importância do Jubileu de Ouro da Turma de 1975 para a história da medicina paraense. Entre seus egressos estão inúmeros profissionais que contribuíram de modo decisivo para o ensino, a pesquisa, a assistência e a saúde pública no Estado.


A Turma de Medicina de 1975 também ocupa um lugar especial na história da Academia de Medicina do Pará. Dela fazem parte seis acadêmicos que contribuíram de forma significativa para a instituição: Alberto Gomes Ferreira Júnior, Alexandre da Costa Linhares, Arnaldo Lobo Neto, Luiz Alberto Rodrigues de Moraes, Luiz Cláudio Lopes Chaves e Paulo Sérgio Castelo Branco Moura.


Com este expressivo grupo, a turma torna-se aquela com o maior número de integrantes entre os membros da AMP, reforçando seu legado de excelência e protagonismo na medicina paraense.


A cerimônia reafirma o compromisso da UFPA com a formação médica de excelência e destaca o papel dessa geração na construção de uma medicina humanista, ética e transformadora.


A AMP parabeniza todos os integrantes da turma de 1975 pelo legado, pela dedicação e pela inspiração que continuam oferecendo às novas gerações.


Que esta celebração fortaleça ainda mais os laços com a comunidade médica e reforce a memória de uma época que marcou profundamente a história da saúde no Pará.


A Academia de Medicina do Pará - AMP




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há 3 dias

Muita honra ao mérito dessa valorosa turma! PARABÉNS 👏👏👏👏👏

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