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Inovações no Hospital Metropolitano foram tema de conferência na Academia de Medicina do Pará

26/08/2019 12h29 - Atualizada em 26/08/2019 15h25

Por Dayane Baía (Agência Pará de Notícias - SECOM)


A reunião científica da Academia de Medicina do Pará (AMP), realizada na última semana (22/8), recebeu o Diretor Técnico do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), Claudio Nunes. Na ocasião, ele abordou a importância do Hospital como referência no tratamento de traumatismos e queimados de alta e média complexidade no Estado.

Durante a apresentação, o diretor ressaltou a importância do Metropolitano, que atende uma população de 25 municípios, representando uma população de cerca de 3 milhões de habitantes. Apenas de janeiro a julho deste ano, o Metropolitano atendeu mais de 9 mil pessoas. Desse total, 68% dos pacientes eram do gênero masculino e, em mais de 25% dos casos, foram vítimas de acidentes de trânsito.

“Para se ter uma ideia do tamanho do Estado do Pará, o território equivale a duas vezes o tamanho da França. No Hospital, atendemos muitos pacientes com infecção em fraturas expostas, que requerem prescrição de antibiótico nas primeiras seis horas pós-trauma”, afirmou Claudio. Para ele, o grande desafio da área da saúde está no controle de infecção hospitalar, que chega a ser mais perigosa à vida humana do que acidentes de trânsito ou de desastres aéreos.

No Metropolitano, a segurança do paciente é chamada de meta Pai D’égua na qual são reforçados os seis passos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os seis passos são: a identificação correta do paciente; comunicação efetiva; uso de medicamentos; cirurgia segura; redução do risco de infecções; e prevenção de quedas e lesões por pressão. Além disso, a Unidade possui 24 comissões em atividade e baseia a sua atuação em metas quantitativas e qualitativas.

Claudio compartilhou com os médicos que, atualmente, o hospital recebe pacientes, sobretudo, encaminhados pela Central de Regulação do Estado, compatíveis com a referência da Unidade, trauma e queimaduras. A alta demanda, que provocava uma lotação em corredores, foi tratada com prioridade pelo hospital. “Conseguimos reverter esse quadro com a adoção de algumas inovações de gestão. Hoje, por exemplo, temos o projeto Corredor Zero baseado no giro dos leitos. A cada seis horas a equipe do Núcleo Interno de Regulação verifica as pendências e estabelece metas conforme o tipo de tratamento”, disse.

Outro destaque apontado pelo gestor, foi a contratação de médicos hospitalistas, clínicos por formação, que atuam em co-manejo junto aos especialistas. De forma a aumentar a interação entre médicos e o corpo assistencial, também foi inserido no quadro de funcionários a figura da primary nurse (enfermeira principal) que trabalha em regime de 8 horas, acompanhando as trocas de turnos e facilitando a comunicação entre plantões. Ambos os perfis profissionais foram desenhados com foco no trabalho em equipe. “O atendimento precisa ser centrado no paciente e não apenas na doença. O usuário ajuda na própria segurança dele, quando é orientado”, complementou Claudio.

Para o diretor de publicações da AMP, Alberto Ferreira, os temas abordados são importantes para conhecer o Hospital, mas também para refletir sobre o exercício médico profissional. “O HMUE é uma unidade complexa. As informações devem ser transmitidas ao paciente para o devido esclarecimento, evitando danos no futuro", analisou Alberto.

As informações transmitidas na conferência surpreenderam os presentes. “Fiquei maravilhado com a complexidade da gestão. Eu participei da inauguração do Metropolitano e após essa apresentação temos a convicção de que ele está em boas mãos”, elogiou o parasitologista Habib Fraiha Neto.


Sobre o HMUE

Referência no tratamento de média e alta complexidades em traumas e queimados para a região Norte pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua (PA), dispõe de 198 leitos operacionais nas especialidades de traumatologia, cirurgia geral, neurocirurgia, clínica médica, pediatria, cirurgia plástica exclusivo para pacientes vítimas de queimaduras, além de leitos de UTI.

O HMUE recebe pacientes da Região Metropolitana de Belém, dos diferentes municípios do Pará e também de outros estados. Em 2018, realizou mais de meio milhão de atendimentos, entre internações, cirurgias, exames laboratoriais e por imagem, atendimentos multiprofissionais e consultas ambulatoriais.

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